O director desportivo da Federação assumiu este domingo que o facto de haver pouca participação portuguesa nas estruturas do futebol mundial pode ser determinante em torneios internacionais, como o Mundial. Carlos Godinho lembrou que «Portugal ainda é um país pequeno».
«Criámos enormes expectativas, e um Mundial não é como um Europeu, tem outra dimensão», afirmou Carlos Godinho. «Sentimos que é de facto um nível mundial, e houve um momento em que pensámos que talvez fosse possível», recordou, com a voz pausada pela emoção, colocando o dedo na ferida. «Temos de compreender que Portugal é um país muito pequeno, que ainda não cimentou uma posição ao nível do futebol internacional, e isso é uma luta para que possamos ter muitas pessoas enquadradas, quer na FIFA quer na UEFA. Para que também nos momentos decisivos, a equipa não se sinta só. Não sei se é determinante, mas é importante não nos sentirmos sós.»
E Carlos Godinho deixou alguns pequenos exemplos que dizem tudo. «É o facto de sentirmos que, a mulher do Beckham está na tribuna, e as nossas não, sentirmos que os portugueses estão numa curva do estádio, e os ingleses não estão. São coisas que acontecem no mundo do futebol e reflecte um pouco o que acontece. Temos muito pouca força a nível da estrutura do futebol internacional», apontou.
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