19 dezembro 2005

SC Braga 2 - Académica 0 - Um triunfo obtido sob protesto mas sem contestação.

Jesualdo Ferreira e Nelo Vingada concordavam no final com a justiça do marcador. O Braga, após três derrotas consecutivas (o pior registo da carreira do treinador bracarense), voltou a sorrir com uma exibição segura, autoritária e que deixou pouca discussão pelo resultado. Um golo em cada parte escreveram a história deste jogo, que deixou fora das estatísticas oficiais, mas gravadas na memória, um punhado de jogadas que deram mais cor ao confronto.
O jogo teve como pano de fundo a arbitragem. Se, há uma semana, os minhotos se queixaram da arbitragem em Paços de Ferreira, desta vez apresentaram um protesto pela nomeação de Pedro Proença para apitar a partida. Braga e Pedro Proença desentenderam-se no jogo dos bracarenses em Guimarães, na última jornada, que acabou com acusações do clube, duras, ao juiz lisboeta. O caso segue nas instâncias jurídicas, por acções interpostas por ambas as partes.
Dentro do relvado, os minhotos foram superiores porque controlaram a bola, e o adversário. Marcaram por Nunes, num canto, geriram as emoções e insistiram no ataque para se porem a cobro da reacção academista.
Na segunda parte, João Tomás assumiu-se como a referência goleadora, ao apontar o terceiro golo da época na Liga, uma referência curta numa equipa que marca pouco (15 golos em outros tantos jogos). Ontem viu-se que Tomás continua a falhar mais golos do que aqueles que marca teve três ou quatro boas situações para fazer rodar o marcador, mas os defesas foram quase sempre mais rápidos ou Pedro Roma mais eficaz.
Acossada, a Académica tentou reagir e Marcel, o farol goleador dos visitantes (9 dos 14 golos da equipa), incomodou a sério Paulo Santos, mas este, ao contrário do seu homólogo (que também fez excelentes defesas), manteve sem mácula o registo nesta partida.
Com estes triunfo, que atenua uma fase negra da equipa, o Braga aproveita a derrota do Setúbal para igualar os sadinos no 3.º lugar.

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