Um dia depois de Norton de Matos ter abandonado o comando do terceiro classificado da Liga, na sequência da grave crise financeira do clube, Chumbita Nunes promoveu a técnico principal o campeão do Mundo de Sub-19 em 1989 e garantiu que os jogadores têm os salários disponíveis, embora sem dizer quantos meses estão a pagamento.
O presidente sadino garantiu que a equipa principal vai defrontar amanhã o Benfica no Estádio do Bonfim, em Setúbal, apesar de os jogadores terem apresentado um pré-aviso de greve para esse jogo.
Segundo Chumbita Nunes, todos os jogadores já foram informados de que têm os salários disponíveis, embora sem especificar quantos meses estão a pagamento, e alguns já os receberam. O líder do clube sadino recusou, no entanto, revelar a fonte de financiamento que permitiu pagar aos futebolistas, afirmando igualmente desconhecer que os jogadores Dembelè, que entretanto assinou com os belgas do Standard de Liége um contrato válido por um ano e meio, e Tchomogo tenham rescindido os seus contratos devido à existência de dois meses e meio de salários em atraso.
Uma versão que não coincide com a do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SPFJ). De acordo com o presidente do organismo, Joaquim Evangelista, Fonte, Tchomogo, Diakité e Fabien rescindiram, de facto, os contratos de trabalho com o Vitória de Setúbal. “Os jogadores tinham justa causa para rescindir os contratos e a situação é irreversível”, disse o dirigente, acrescentando que os quatro futebolistas estão a ser patrocinados pelo sindicato e “já não vão comparecer nos próximos treinos da equipa”, terceira classificada da Liga, após a 15.ª jornada.
Joaquim Evangelista referiu também que o pedido de rescisão do médio Dembelè, que faltou à convocatória para o jogo de sábado com o Marítimo, foi formalizado na quinta-feira transacta.
Chumbita Nunes anunciou ainda que pediu a marcação de eleições antecipadas para Janeiro e admitiu recandidatar-se ao cargo se não surgirem candidaturas credíveis para liderar os destinos do clube. “Na última reunião dos órgãos sociais, pedi ao senhor presidente da Assembleia Geral que marcasse eleições em Janeiro”, disse Chumbita Nunes, considerando que a data sugerida cumpre o que está nos estatutos do clube e abre espaço para o aparecimento de outras candidaturas.
Porém, o presidente da Assembleia Geral, Fernan-do Pedrosa, garantiu que Chumbita Nunes “não solicitou, nem sugeriu, a marcação de nenhuma As-sembleia Geral eleitoral, porque o presidente da Direcção não tem poderes, ou capacidade, para o solicitar”.
“As eleições no Vitória de Setúbal realizam-se de três em três anos e o presidente da Assembleia Geral é que deve marcar as eleições na data que considerar mais adequada, no período compreendido entre o dia 1 de Janeiro e o dia 31 de Março”, esclareceu o dirigente.
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