Dois golos de Bruno, o último dos quais apontado de forma soberba, deram a vitória, ontem, ao Nacional, no derbi entre os dois eternos rivais, disputado na Choupana. Os “alvinegros” estiveram melhor na primeira parte, fase em que até podiam ter resolvido a partida. No entanto, os “verde-rubros” rectificaram a forma de jogar na etapa complementar e equilibraram a contenda. O jogo, tal como se previa, não teve grande qualidade, mas foi pautado pela entrega desgarrada dos intervenientes, mas caracterizado pela correcção. Depois de um fim-de-semana difícil para as duas equipas madeirenses (o Nacional perdeu no Restelo, sofrendo o primeiro golo e derrota fora; o Marítimo foi batido em casa pelo Benfica), o duelo da Choupana puxava pelos limites dos jogadores de duas das melhores equipas do momento da Liga. Duas equipas com um perfil muito idêntico, boas na cobertura, inteligentes no aproveitamento de espaços. O constante choque no meio campo, em que a supremacia era dividida, consolidava essa imagem feita de Nacional e Marítimo. Bolas divididas, raras oportunidades de golo e muita luta pela bola, que teimava em dividir-se pelos pés dos jogadores das duas equipas, mas muito longe das balizas.
Até que perto do intervalo Bruno resolveu tirar o confronto das trincheiras do meio campo um ressalto colocou-lhe a bola à mercê na entrada da área, o médio criado nos Barreiros aproveitou os centímetros livres para rematar para o golo.Na segunda, o Marítimo reagiu e empatou por Kanu, mas a noite era de Bruno. O médio marcou no último lance da partida, de canto directo. Nada melhor do que o chamado golo olímpico para glorificar o desempenho de Bruno, que colocou o Nacional no topo da tabela e deixou os rivais mais perto da zona de despromoção.
Antes do início do jogo, “alvinegros” e “verde-rubros” posaram para a foto em conjunto. O jogo decorreu sob o signo da correcção dentro e fora das quatro linhas, numa clara demonstração de “fair-play”. Um verdadeiro exemplo para o futebol nacional...
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