01 outubro 2005

SC Braga vs Estrela Vermelha - 29.09.2005


Resumo do Jogo

O Braga fez quase tudo o que devia e podia para passar à fase de grupos. Quase porque faltou o mais importante: marcar dois golos para superar o sofrido. No entanto, jogou para isso e para muito mais, face a um Estrela Vermelha recuado.

O Braga foi superior ao Estrela Vermelha nos dois jogos, mas não foi capaz de vencer o adversário. Em Belgrado, com um jogo sem correr grandes riscos, pelo que a dinâmica ofensiva não foi elevada, mas ontem no pólo oposto, pois só a grande exibição de Stojkovic impediu a equipa portuguesa de chegar à fase de grupos da Taça UEFA. O guarda-redes sérvio foi a figura do jogo, realizando um punhado de excelentes intervenções, retardando até ao limite do possível o golo dos arsenalistas. A exibição do Braga merecia mais, muito mais, mas a sorte da eliminatória pode resumir-se a uma questão de eficácia e, neste contexto, os sérvios dispuseram de uma oportunidade e concretizaram, ao invés dos bracarenses, que usufruíram de quase uma dezena e apenas numa ocasião acertaram. E não se pode atribuir a culpa só a Stojkovic, pois houve também falta de eficiência de quem dispôs das oportunidades. João Tomás e Delibasic foram por certo muito recordados, face ao grande caudal ofensivo, mas era com os disponíveis que o Braga tinha que ganhar e foi com eles que criou ocasiões atrás de ocasiões, mas... com um só golo.

A fatalidade dos arsenalistas deu-se aos 9'. Foi um momento de desconcentração, aproveitado pelo lateral-direito Basta para marcar rapidamente um livre já no meio-campo arsenalista e colocar a bola na área, na cabeça de Zigic, que a desviou para Purovic, o qual teve a felicidade de ver o seu disparo embater no solo e sobrevoar Paulo Santos, que nada podia fazer para evitar a vantagem do Estrela Vermelha. A rapidez de execução de Basta apanhou desprevenida a defesa bracarense e Purovic surgiu à vontade para rematar. Foi a única ocasião, é verdade, mas foi decisiva... num jogo em que o Braga sabia que não podia sofrer golos.

Havia ainda muito tempo de jogo pela frente e a boa reacção da equipa de Jesualdo Ferreira, que foi crescendo sem perder consistência, manteve acesa a chama da esperança nas bancadas. A fluidez de jogo dos arsenalistas tornou-se cada vez mais evidente e as oportunidades de golo começaram a surgir, mas sem os resultados práticos desejados. Uma ascendente conquistado pela qualidade e capacidade dos bracarenses e não cedido pelo natural recuo dos sérvios na defesa da vantagem.

A pressionante dinâmica da equipa de Jesualdo Ferreira foi a responsável pelo acantonamento dos jogadores do Estrela Vermelha junto à sua área, incapazes de sacudir a pressão da formação portuguesa. Num jogo que se foi tornando de sentido único, o técnico Jesualdo Ferreira lançou os trunfos de que dispunha e arriscou tudo ao colocar Paulo Jorge nas funções de ponta-de-lança, tentando tirar partido da sua estatura - que quase resultava se Maxi Bevacqua tivesse sido mais expedito -, e da enorme pressão exercida resultou um golo, um único golo, a cinco minutos do apito final.

Jaime ainda dispôs de mais uma ocasião, mas o desvio de cabeça saiu ao lado e, mesmo sobre o apito final, quis marcar um livre quase sobre o risco da grande área, que estava destinado ao pé esquerdo de Rossato. Com este havia resultado. Mas Jaime falhou e acabou o jogo ouvindo uma reprimenda de Jesualdo...

Uma ingerência do delegado do Estrela Vermelha, Borislav Cvetkovic até ao banco do Braga, que resultou na reacção intempestiva de Artur Monteiro, que o atingiu com um pontapé, espoletou uma série de incidentes que, assim que o árbitro deu por finda a partida, depressa ganharam contornos de batalha campal, com os atletas minhotos a não gostarem também da forma provocatória como o guardião Stojkovic festejou a qualificação - desafiando os adeptos -, reagindo de forma violenta, em particular Nunes, que acabou a esmurrar um adversário, numa acção que aumentou a gravidade dos múltiplos incidentes que já se viviam um pouco por todo o estádio. Enquanto isso, nitidamente alterado, Jesualdo Ferreira berrava a plenos pulmões o seu descontentamento a Jaime. No lado oposto, a Polícia de Intervenção prevenia uma invasão de adeptos sérvios do relvado, enquanto do lado do Braga continuavam a voar cadeiras - que originaram alguns ferimentos sem gravidade - e sobravam tentativas de agressão. As autoridades investiram então sobre os adeptos, pondo cobro à confusão que reinava junto ao túnel.


Os adeptos

Barulho ensurdecedor, nunca antes visto no municipal de Braga, cheio ou vazio, a ganhar ou a perder, nunca nenhum jogo atingiu estes niveis. Todas as claques tiveram um bom desempenho e as coreografias tanto da Bracara Legion como dos Red Boys colocam-se no nivel das melhores da epoca para as duas claques. Os ultimos 10 minutos "depois do golo do Braga" foram assistidos por todos de pé onde os canticos e incentivos marcaram toda a equipa. Quanto ás reacções finais, tem de se olhar primeiro a reacção de alguns paises que não descobriram ainda o que é o futebol, pois quando o presidente não se responsabiliza pelo comportamento de quem joga e de quem acompanha a equipa não deixa mais nada a dizer. Não merecem comentarios.

Galeria de fotos aqui.

1 comentário:

Anónimo disse...

tamos em primeiro parabens aos jogadores diregentes e treinador e uma palavrinha para jaime respeita o clube e quem manda em ti! RED BOYS fortes no triunfo fies na derrota