Incidentes em Belém (Pará), no último treino da selecção brasileira antes do jogo de encerramento da fase de qualificação, diante da Venezuela, provocaram pelo menos 72 feridos, três deles em estado grave. Um tumulto iniciado num dos portões de acesso ao estádio Mangueirão, fechado pelas autoridades, iniciou um movimento de pânico, que provocou o espezinhamento de um grande número de adeptos presentes no local, incluindo várias mulheres e crianças.
Segundo informações do canal Globonews, reproduzidas pela Reuters, o número de feridos poderá ultrapassar a centena, visto que as autoridades ainda não tinham estabelecido o balanço final dos incidentes. Aquela estação de TV referiu que o estádio, com lotação de 50 mil espectadores, já estava com esgotado uma hora antes de começar o treino, o que levou as forças de segurança a fechar alguns dos acessos.
Numa iniciativa da CBF, o acesso ao treino era livre para os adeptos que levassem um quilo de comida não perecível, e o entusiasmo da população da cidade de Belém levou a que o desafio fosse aceite em massa. Inconformados com o fecho de um dos portões, um grupo de adeptos procurou derrubá-lo, o que terá estado na origem do caos que se seguiu.
Segundo declarações do chefe de polícia Roberto Damasceno, havia cerca de 15 mil adeptos no exterior do estádio quando os incidentes começaram. Informações da assessoria de imprensa do estádio, citadas pelo portal «Terra», avançavam com 60 feridos tratados nos postos de socorro no interior do estádio e mais 12 conduzidos a diversos postos médicos da cidade, incluindo uma criança de 8 anos, com um traumatismo craniano e duas adolescentes, de 17 e 18 anos, com ferimentos graves resultantes do espezinhamento. Sem que a gravidade da situação fosse do conhecimento dos seus elementos, a selecção brasileira cumpriu o treino de acordo com o previsto, perante o entusiasmo dos adeptos já instalados no interior do estádio
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