30 setembro 2005

Sofrimento às gargalhadas.

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Foi com um sorriso de satisfação e algumas aflições pelo meio que o Guimarães geriu a vantagem adquirida na primeira mão da eliminatória com o Wisla (3-0). Aparentemente indiferente ao mini-vulcão de Cracóvia, os minhotos fizeram ouvidos de mercador às ameaças do adversário e regressaram a casa como haviam chegado à Polónia: sem golos sofridos. A estratégia montada por Jaime Pacheco, baseada em contenção de bola e contra-ataques, funcionou na perfeição; Saganowski cumpriu a promessa de marcar um golo e o acesso à fase de grupos da Taça UEFA tornou-se numa doce realidade.

Como se previa, o Estádio do Wisla apresentou um ambiente frenético, com os adeptos da casa a puxarem ruidosamente pela equipa e a vaiarem o Guimarães. Não se sabe se os minhotos colocaram tampões nas orelhas, mas a verdade é que era difícil ficar indiferente a tamanho chinfrim. A segunda contrariedade foi a chuva. O sol ainda chegou a aquecer a manhã de Cracóvia, mas o aproximar da noite trouxe humidade e bastante água, tornando o relvado pesado e beneficiando o futebol atlético da equipa polaca. Teria sido uma excelente oportunidade para Flávio Meireles fazer valer o seu poderio físico, mas nem com isso Jaime Pacheco pôde contar, pois confirmou-se, instantes antes do começo do jogo, que o médio-defensivo não poderia entrar devido a uma lesão muscular, a exemplo de Dário, Cléber, Clayton e Manoel.

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Só mesmo a goleada da primeira volta jogava claramente a favor do Guimarães. Era necessário defender bem a vantagem e a melhor forma de o fazer era não sofrer golos. Mesmo privado de tantas unidades influentes, Jaime Pacheco apresentou um "onze" consistente, com a mesma defesa que actuou contra o Marítimo e não sofreu qualquer golo pela primeira vez para o campeonato e um meio-campo de grande entreajuda, constituído por dois recuperadores-natos de bola (Moreno e Svard) e duas unidades criativas (Benachour e Neca), que nunca deixavam de apoiar os companheiros quando o inimigo tinha a bola. Na frente, Tiago Targino e Saganowski faziam pela vida, normalmente em acções individuais. Era claramente uma estratégia de contra-ataque e a mais sensata. Obrigado a marcar golos para pelo menos empatar o "score" das duas mãos, o Wisla entrou a todo o gás e conseguiu até manter a toada durante quase todo o jogo.

Chegou a ser verdadeiramente sufocante. Penksa e Brozek "cheiraram" mesmo o golo, mas a muralha vitoriana nunca abanou, especialmente o guarda-redes Paiva, que teve a oportunidade de fazer a defesa da noite quando Zienczuk tentou abrir o activo num livre sobre a direita. Como nada sucedeu até ao intervalo, os ponteiros do relógio passaram a ser o grande aliado dos vitorianos. À medida que o tempo passava, ficavam mais escassas as possibilidades do Wisla. O Guimarães teve finalmente a oportunidade de respirar melhor e de invadir mais vezes a área contrária, normalmente através dos pés de Benachour. O disparo vitorioso de Saganowski, já perto do fim, foi uma consequência. E deu para descomprimir após tanto sofrimento.

8 comentários:

Anónimo disse...

Parabéns Vitória.....

Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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Anónimo disse...

Quero dar os parabens ao Guimarães, por terem sido a unica equipa portuguesa a passarem na UEFA. Fazendo um bom jogo, e os adeptos apareceram em bom numero!

Anónimo disse...

passarao na uefa mas no campionato vamos ver....a segunda liga espera-vos.

Anónimo disse...

esperanos? ai esse cutovelo em ferida caro amigo...no fim do campeonato fazemos as contas...tb iamos descer o ano passado e dps foi o k s viu...bem fkem bem saudaçoes vimaranenses pra Portugal inteiro!

Anónimo disse...

Mt bom mesmo vitoria

Anónimo disse...

contra cegos! lol ides fazer cenas agora palhaços vitoria o carralhu, vitoria a so um!