Liga Orangina: Gil Vicente 0 – 0 Leixões

O estádio Cidade de Barcelos cobriu-se de adeptos para receber o jogo grande desta 3ª Jornada da Liga Orangina. Em campo mediam forças dois dos mais fortes candidatos à subida, Gil Vicente e Leixões.

Em campo:

O Gil Vicente entrou para este jogo, com duas vitórias em outros tantos jogos da Liga, e com o objectivo claro de acumular mais 3 pontos. Saliente-se que o Gil, tem marcado os inicios de época deste segundo escalão da Liga, com uma forte liderança na competição, e este ano não parece ser excepção. Já o Leixões, vem de uma descida de divisão, e tal como Augusto Inácio frisou no final deste jogo, é uma equipa ainda em fase de adaptação.

Durante os 90 minutos, notou-se um claro domínio da equipa dos galos sobre os homens de Matosinhos, embora os “bebes” também tenham conseguido contrariar esta equipa gilista, principalmente no final da primeira metade do jogo. No entanto, as oportunidades flagrantes de golo ter-se-ão contado pelos dedos e tenham sorrido mais aos homens de Barcelos. O empate a zero, coroa assim a ineficácia ofensiva de ambas as equipas.

Nas bancadas:

Jogo grande, logo perspectiva-se um grande espectáculo dentro de campo. Se há bom espectáculo dentro de campo, então, nem uma quinta-feira assombra assistências. Atrevo-me a dizer que por aqui se prova que o mal não é o dia da semana, mas sim a relação qualidade custo dos espectáculos que despe as bancadas deste país. Foram 3.315 os espectadores presentes nas bancadas, e desta vez eu próprio me dei ao trabalho de analisar a fundo qual seria o total de publico no estádio. Rondaria certamente 1/4 da capacidade do Cidade de Barcelos, o tal número para o qual a Liga aponta. Assistências melhores que esta, só na época 2007/2008, quando o clube esteve a um passo de chegar ao principal patamar das competições da Liga. Entre os visitantes contavam-se cerca de 250 pessoas, dos quais cerca de 70 pertenciam à Máfia Vermelha.

Como sempre, neste mundo, há sempre prós e contras. Se a assistência foi boa, já o apoio… Quando a claque gilista, Nação Barcelense tentou incentivar os adeptos presentes para apoiar o Gil, bem, quase nenhuns foram os que responderam. O grupo desistiu de o fazer, e optou por fazer frente com as armas que tinha à toda poderosa Máfia Vermelha, que deu um verdadeiro espectáculo na primeira metade do jogo. Na segunda esteve uns furos abaixo, mas o suficiente para dominar o apoio no Cidade de Barcelos. No entanto, mérito seja dado à claque da casa, que a espaços conseguiu bons momentos, e dentro dos possíveis, contrariou os homens do mar.

Incidencias:

A publicidade nos estádios continua a ganhar um peso descomunal. Já nem fotógrafos são poupados à invasão de spots publicitários, por isso não é já de estranhar o não põem faixa na placa x, põem faixa mais para o lado y, mas neste caso a Máfia procedeu da melhor maneira. Se as forças de segurança incentivaram a claque a colocar a faixa a um canto da bancada, a resposta foi, não senhor, a faixa fica onde pertence nem que tenha de ser segurada por nós até ao final do jogo. E assim foi… Nem a identificação de um elemento do grupo, aos 70 minutos, motivado pelo rebentamento de um petardo no seio do sector aos 62, fez com que a faixa caísse. O tradicional, baixa a faixa para ver o que vocês andam a fazer, só durou alguns minutos, e logo, logo, voltou a tornar-se visível na frente dos homens do mar.