A Polícia de Segurança Pública (PSP) não perde de vista as claques de futebol. Ao longo desta semana tem existido um contacto constante entre o Comando Metropolitano da PSP de Lisboa e os adeptos do Benfica e do Sporting. Isto para sensibilizar os apoiantes de ambas as equipas para a necessidade de evitarem confrontos até e durante o dérbi de domingo, entre as duas principais equipas de Lisboa. "Temos tido contacto permanente com as claques", disse ao DN a sub-comissária da PSP Paula Monteiro.
É que na memória estão ainda bem frescos os incidentes entre os adeptos dos dois clubes ocorridos na madrugada de segunda-feira que acabaram com o esfaqueamento de um alegado simpatizante dos leões. Ao que tudo indica, o autor das agressões (três facadas) terá 25 a 30 anos e será membro da claque benfiquista No Name Boys (uma das que não estão legalizadas).
Em declarações ao DN, Paula Monteiro garantiu que em torno desta ocorrência "a polícia não fez quaisquer conotações clubísticas nem da vítima nem do agressor" e recusa-se a falar do designado movimento casual que, segundo o intendente Paulo Gomes, secretário-geral adjunto do Gabinete Coordenador de Segurança, terá sido o que aconteceu na madrugada de segunda-feira, na Amadora.
Uma coisa é certa: "Estamos preparados para tudo." Esta foi a frase repetida vezes sem conta por Paula Monteiro em conversa com o DN. "O jogo de domingo é, como qualquer outro clássico, considerado de elevado risco. O planeamento a nível policial ainda está a ser feito, mas será em tudo semelhante aos que são feitos para qualquer outro dérbi", sublinha a sub- comissária, adiantando que não haverá nenhum reforço policial.
Em jogos potencialmente perigosos, a PSP emprega em média 500 a 650 agentes, que será o que vai acontecer no domingo. "O que sucedeu no fim-de-semana passado para nós não passou de uma ocorrência que em nada mudou o nosso método de actuação perante o policiamento nos estádios", frisa esta responsável.
Já Paulo Gomes admite a hipótese de haver "a tentação de alguém querer vingança". Mas, tal como Paula Monteiro, assegura que as autoridades estão preparadas para adaptar o seu dispositivo a qualquer situação".
Fonte: Diário de Notícias
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