26 junho 2006
Portugal vence "Batalha de Nuremberga".
Pela segunda vez na história do futebol português, a Selecção Nacional conquistou ontem a passagem para os quartos-de-final de um Mundial. Um golo de Maniche chegou para derrotar a Holanda de Van Basten. Mas a batalha de Nuremberga foi dura. Portugal e a Holanda terminaram o encontro com nove elementos.
Conforme era esperado, Scolari devolveu a titularidade a Cristiano Ronaldo, Pauleta, Nuno Valente, Costinha e Maniche. Já Van Basten, surpreendeu ao colocar o ponta-de-lança Kuit, em detrimento do bem conhecido Van Nistelrooy.
Após os primeiros cinco minutos, a Selecção Nacional tomou conta do encontro. O meio-campo português assumiu o controlo do encontro, permitindo poucas veleidades aos holandeses, sendo igualmente notória a preocupação de Miguel com o rápido e venenoso Robben. Van Bommel teve nos pés o primeiro golo do jogo, mas falhou o alvo por centímetros. Estavam decorridos dois minutos. A partir daí, a equipa das quinas, mais experiente, aproveitou o nervosismo do adversário para assumir as rédeas do encontro. O tão desejado golo português surgiu aos 23 minutos, quando Maniche, após lance muito bem trabalhado por Deco e Pauleta, desembaraçou-se da oposição de um adversário, bateu Van der Sar com um disparo fulminante.
Uma jogada impressionante de Van Persie, ao minuto 36, não deu golo por milagre, depois do avançado do Arsenal ter pintado a manta na área lusa. Portugal respondeu pouco tempo depois por Pauleta, que no culminar de um lance bem conduzido por Simão – que susbstituiu o lesionado Cristiano Ronado –, esteve muito perto do 2-0. Estava o jogo a correr favoravelmente a favor das intenções nacionais quando Costinha cometeu uma infantilidade. Esquecendo-se que já tinha visto um cartão amarelo, o «trinco» português colocou a mão na bola e recebeu ordem de expulsão por parte do árbitro russo Valentin Ivanov.
O sofrimento chegou com uma bola enviada à trave por Cocu e aumentou quando, já depois de Boulahrouz ter sido expulso, Deco viu o segundo cartão amarelo - num claro excesso de rigor por parte do juiz russo Valentin Ivanov - e Portugal passou a jogar com nove!
Aguentando-se como podia, Portugal nunca virou a cara à luta e entregou-se de alma e coração ao jogo. Com muito espaço livre para jogar, as equipas criaram várias oportunidades de golo até ao final da partida.
Com o passar do tempo, Portugal recuou no terreno, mas foi aumentando os índices de confiança. E só aquela confiança tornou possível qualificarmo-nos para os quartos-de-final. A Holanda só pode queixar-se de si própria em virtude de ter falhado várias oportunidades de golo.
Agora venha a Inglaterra!
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