12 setembro 2007

Claques e as forças policiais

A falta de regularização das claques dos clubes de futebol tem dificultado a acção das forças policiais, segundo afirmou Paulo Gomes, secretário-geral-adjunto do Gabinete Coordenador de Segurança.
"Em certa medida tem prejudicado, porque o registo tem o objectivo de termos a noção de quem são as pessoas, de quem são os responsáveis. Há um registo oficial e as pessoas podem ser mais facilmente responsabilizadas pela actuação daquele grupo que elas dirigem".
De acordo com o intendente da PSP Paulo Gomes, este "é um trabalho que está a ser desenvolvido com a participação do Conselho Nacional contra a Violência no Desporto", revelando o desejo que "essa mensagem sobre a importância das claques serem legalizadas passe".
"A regularização torna mais transparente quem são verdadeiramente os líderes dessas claques e responsabiliza-os mais. Responsabiliza também os clubes que os apoiem. Nesse sentido, facilitará a relação entre polícia e os líderes das claques", considerou.
"O futebol funciona como pretexto para determinados indivíduos ou pequenos grupos extravasarem a sua violência e a sua agressividade", acrescentou o secretário-geral-adjunto do Gabinete Coordenador de Segurança.
"Muitos dos casos não estão relacionados directamente com o fenómeno do futebol. São indivíduos que têm comportamento criminoso, têm cadastro e depois utilizam este palco para desenvolverem actividades violentas", afirmou.
Paulo Gomes congratulou-se ainda por a questão do racismo em Portugal não ser "ainda uma questão a merecer particular preocupação por parte das autoridades".
"Merece preocupação a nível europeu, merece atenção por parte da UEFA. Tem havido uma campanha da UEFA, da Federação Portuguesa de Futebol. Esta luta tem que envolver também os grupos organizados de adeptos", disse.

Fonte: infordesporto.sapo.pt

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