27 maio 2006

Brigada Lusitana no JN

A Brigada Lusitana e a Paixão Lusa foram noticia no Jornal de Noticias de terça feira, 23 de Maio.
Uma reportagem que passamos a transcrever, da autoria da jornalista do JN, Susana Otão, e que se intitula "Muito amor à camisola":

"Brigada Lusitana e Paixão Lusa são as duas claques de apoio à selecção nacional. Ainda jovens, estas duas correntes de apoio à equipa das quinas surgiram por iniciativa de grupos de amigos que viam sempre com grande fervor os jogos do emblema nacional. Uma em Portugal, outra em França, estas claques vivem intensamente as aventuras da selecção principal de futebol e os seus elementos confidenciaram ao JN que já sentem "um certo nervoso miudinho" com a proximidade do Mundial.

No jogo inaugural, Portugal-Angola, vão estar a colorir as bancadas do FIFA World Cup Stadium de Colónia e "dar uma força à rapaziada". As palavras são de Ricardo Ferreira, líder da Brigada Lusitana, associação criada em 2003 e que tem acompanhado bem de perto a equipa orientada por Scolari.

Cânticos, faixas e muitas bandeiras são as "armas" que estes elementos vão utilizar no jogo frente à congénera angolana. "Vamos apoiar e como sempre é para ganhar", realçou confiante. Com cerca 350 sócios inscritos e com núcleos espalhados por todo o país, a Brigada Lusitana conta levar a território germânico "uma mancha verde e vermelha" que inspire os jogadores em campo. "O primeiro jogo é o mais importante e por isso queremos estar presentes. Vamos transmitir-lhes toda a nossa força", realçou.

Este entusiasmo é partilhado também pelo presidente da Paixão Lusa, António Inês Jonny, líder da claque sediada em França. Este responsável contou ao JN como numa reunião de luso-descendentes surgiu a ideia de criar uma claque dedicada a apoiar as cores de Portugal. "Costumávamos ver os jogos juntos e um dia apercebemo-nos que não existia nenhuma claque especialmente dedicada à equipa nacional. No final do Euro2004 resolvemos avançar com a ideia e formámos a associação com apenas sete pessoas", contou. Actualmente a Paixão Lusa, sedeada em Paris, tem 40 associados e muitos simpatizantes . Quando joga a selecção nacional, e não podem assistir às partidas, reúnem-se religiosamente. "Vamos para um café português, o Martins, e fazemos a festa", salientou. Um pouco "na sombra" estas duas associações acérrimas defensoras das cores do Portugal desportivo lutam por uma maior visibilidade no panorama do associativismo português. Pouco divulgadas, difundem as suas iniciativas através da Internet e passando a palavra.Como tal, ainda não são muito conhecidas e principlamente, segundo Ricardo Ferreira, "reconhecidas".

No Mundial da Alemanha, ambas vão assistir apenas ao primeiro jogo da selecção nacional, uma vez não terem qualquer apoio das entidades oficiais, o que lhes poderia permitir uma estadia mais longa em solo germânico. As farpas são lançadas à Federação Portuguesa de Futebol, que não disponibilizou qualquer ingresso para os elementos das claques. "Comprámos os nossos bilhetes, a 110 euros cada, e vamos em vários carros até Colónia", contou António Jonny, para ainda desabafar "Ningúem se interessa, nem federação, nem embaixada... Temos muito amor à camisola, mas às vezes ficamos desiludidos".

A Brigada Lusitana também vive os mesmos problemas, mas Ricardo Ferreira confidenciou que já desistiu de procurar auxílio. "Não vale a pena. Existem pessoas na FPF que simplesmente não têm gosto em ajudar. Ainda para mais uma claque especial", destacou o líder, realçando ainda que a Brigada Lusitana "conseguirá acompanhar a selecção sempre que possa, mas apenas pelos próprios meios". Após o jogo, em Colónia, voltam a casa, mas só em corpo. "Depois continuaremos a apoiar por cá, em cafés, centros comerciais, em casa. Mas o nosso coração ficará por lá a dar força à selecção até à grande final", concluiu."

1 comentário:

Anónimo disse...

Parabéns. Continuas com esse espaço sempre actualizado, o que nem sempre deve ser fácil.