Ainda os confrontos entre os Panteras Negras e a Frente Leiria.

De acordo com a edição de ontem do Correio da Manhã, a PSP de Leiria suspeita que os confrontos entre as claques da União local e do Boavista, na passada segunda-feira – e que acabaram por enviar quatro pessoas para o hospital –, poderão ter sido marcados por SMS.
“Há uma certeza: houve troca de SMS entre as claques e isso leva-nos a suspeitar que o local tenha sido combinado”, informa o comissário Rafael Marques, do Comando Distrital da PSP de Leiria, precisando que os dados foram recolhidos por elementos da Esquadra de Investigação Criminal.
Outro indício, adianta o mesmo responsável, “é que o motorista terá sido coagido a ir para aquele local”, junto a um café situado nas imediações no estádio, o que não é habitual e onde se encontravam precisamente alguns elementos da ‘Frente Leiria’. O certo é que “as provocações por SMS estão na origem das cenas de pancadaria antes do jogo ter início” e que obrigaram três elementos da claque ‘Frente Leiria’ a receber tratamento hospitalar – um deles chegou mesmo a ser transferido para Coimbra –, assim como um adepto que se encontrava no local errado à hora errada.
A tese de uma luta marcada por SMS “não faz sentido” para o líder da claque leiriense. Admite que as mensagens por SMS possam ter sido enviadas por outras pessoas, mas não por elementos da claque.
“Só assim pode fazer sentido a ideia de vingança e o facto dos ‘Panteras Negras’ terem saído logo do autocarro ao murro e com pedras para cima de nós”, justifica Joel Silva. “Se nós tivéssemos marcado alguma coisa estaríamos todos à espera e preparados, mas a verdade é que fomos apanhados de surpresa, éramos dez contra uns 20 ou 30. Foi um bocado como o David e Golias, sendo que o Golias veio para cima de nós”, desabafa.
O presidente da ‘Frente Leiria’ garante que este comportamento da claque do Boavista caiu mal junto das maiores claques nacionais e que agora os ‘Panteras Negras’ “estão um bocado queimados”.
Por outro lado, Joel Silva lamenta o facto de não existir qualquer escolta policial à claque forasteira, o que “podia ter evitado tudo isto”. A PSP, contudo, alega que a escolta apenas é feita com as claques “que possuem um historial de violência”, como as do Benfica, FC Porto e Sporting.