Rui Cartaxana, hoje no jornal record volta a falar sobre claques, desta vez sobre os Super Dragões. Para quem não se recorda o Rui Cartaxana é o senhor Anti-Claques, dizemos isto porque este mesmo senhor escreveu a 12 de Outubro de 2005, no mesmo jornal, uma crónica intitulada "Um País do Caraças" que podem ler ou rever. Esta crónica retratava na altura opinião dele sobre o estado do futebol português em relação as claques. Hoje dedicou-se a escrever sobre os Super Dragões. Deixamos aqui a toda a crónica.
1. CURIOSO CONFLITO ENTRE OS SUPER DRAGÕES E O FC PORTO. Um leitor do Porto, que me pede reserva do nome e identidade, enviou-me elementos e uma cópia do “site” da claque dos Super Dragões, que abre um conflito grave sem precedentes com a actual direcção do FC Porto. Em resumo, os Super Dragões manifestam publicamente o seu desagrado para com os dirigentes do clube "do seu coração" pela "actual gestão desportiva e comissionista" em que o clube caiu. Sem papas na língua, o que os dirigentes da claque afirmam é grave e não pode deixar de ter consequências: uma coisa é dizer que se discorda da gestão desportiva dos actuais responsáveis do clube, outra, muito diferente, é afirmar em público que se trata de uma gestão "comissionista", ou seja, que faz da cobrança de comissões a razão de ser da permanente compra e venda de jogadores. Já ouvira rumores de fortes críticas internas à actual gestão do clube, e são conhecidas as posições do antigo e prestigiado vice-presidente do clube, Alexandre Magalhães.
2. MAS DA PARTE DE UMA CLAQUE NÃO TERÁ PRECEDENTES. Afinal, na véspera, já o jornal "Público" contava, sem grandes comentários, a ausência integral da claque no jogo particular FC Porto-Dínamo de Moscovo, explicando-a com a posição crítica da mesma sobre aquilo a que chamavam "a gestão desportiva e comissionista" dos actuais dirigentes portistas. E a verdade é que, se críticas à gestão dos clubes, até com insinuações sobre negócios escuros, comissões, etc., por parte de sócios e antigos dirigentes, são frequentes, aquilo dito assim, e naqueles termos, por uma claque à qual os próprios dirigentes têm dado todo o apoio, era algo de original e sem precedentes. A história das comissões pagas pelos clubes aos intermediários dos negócios (os tais agentes FIFA e outros) de compra e venda de jogadores e, depois, alegada e generosamente distribuídas por dirigentes e técnicos, não é propriamente uma novidade. Grave e novo é que seja dito assim por quem é, de algum modo, insuspeito de não defender o clube ou de o querer lesar. (...)
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Super Dragões
Crónica Anti-Claques de Rui Cartaxana
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