Um golo de Auri permitiu, ontem, ao Vitória de Setúbal vencer o Belenenses e manter a pequena diferença que o separa da liderança, dois pontos do F. C. Porto e a um do Nacional. Num espectáculo medíocre, os vitorianos foram ainda assim a melhor equipa, quinto triunfo consecutivo, e continuam a conseguir que a crise financeira que envolve o clube não influencie a vertente desportiva. Do lado sadino, Norton de Matos introduziu apenas uma alteração em relação ao onze que vencera em Braga, Bruno Ribeiro no lugar de Ricardo Chaves. José Couceiro, responsável dos azuis do Restelo, por sua vez, não podia contar com Pelé e Paulo Sérgio, ambos castigados.
Um profundo pacto de não agressão marcou a primeira parte do confronto. As equipas surgiram mais apostadas em segurar e manter a posse de bola do que a tentar correr riscos e superiorizar-se ao oponente. Aparentemente, o empate parecia satisfazer a ambição de ambos que se limitaram a correr poucos riscos e a conceder um espectáculo sem interesse e, mesmo, enfadonho.
Uma defesa de Moretto na sequência de um remate de Meyong, logo aos 12 minutos, e uma chegada tardia de Fábio depois de um cruzamento de Tchomogo, foram os únicos lances em que a bola surgiu perto das balizas. Pouco, muito pouco mesmo para duas equipas do escalão principal da Liga portuguesa.
A vantagem alcançada pelos vitorianos, logo nos primeiros minutos do segundo tempo, concedeu uma ligeira melhoria da dinâmica de jogo. Não que se tivesse efectuado uma profunda transformação na qualidade do futebol, mas provocou alguma desinibição e maior objectividade, sobretudo à formação da casa.
Com a vantagem mínima, os sadinos colocaram-se na posição que mais apreciam. Intensificaram a sua organização defensiva, sector recuado menos batido da Liga com apenas três golos, e privilegiaram a movimentação de contra-ataque. A exploração da velocidade de Tchomogo e de Sougou, entrou a substituir Fábio, constituía a base da filosofia da equipa de Norton de Matos.
Do lado oposto, o treinador do onze de Belém tentou socorrer-se da versatilidade de Ahamada e Romeu. Porém, as modificações não transformaram a pobre imagem do Belenenses.
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