05 dezembro 2005

Naval 0 - 1 Académica - 04.12.2005

Entrada:
A entrada não foi a melhor para os Ultras que se envolveram em confrontos pouco significativos (Squadra Verdi e Mancha Negra). Como sempre temos de condenar quem inicia este tipo de incidentes, pois já nos chega meio mundo contra nós. Não precisamos de andar também uns contra os outros…

O jogo em campo:
Um espectáculo muito pobrezinho. De facto, esperava-se um bocadinho mais de futebol e de esclarecimento táctico, porque emoção houve, mas apenas alguma, e quando o jogo já estava na recta final.
Se bem que não tenha feito muito para sair da Figueira da Foz com um resultado animador, a Académica foi, acima de tudo, inteligente na forma como foi tapando espaços e anulando os adversários mais perigosos, ganhando batalhas atrás de batalhas e também, obviamente, como defendeu uma curta e preciosa vantagem conseguida nos últimos minutos da primeira parte.
Nas denominadas guerras tácticas, Manuel Cajuda apostou num esquema próximo do que se esperava: quatro defesas, dois médios mais recuados, para destruir e recuperar, e mais três para organizar e distribuir jogo. Nelo Vingada optou pela surpresa. Numa espécie de 3x4x3, os estudantes procuravam jogar com a máxima cautela, sem grandes atrevimentos e a explorar a capacidade de trabalho dos seus jogadores.
O jogo estava aborrecido, vazio de ideias, pobre de jogadas com o mínimo de qualidade. Mais ou menos a meio da primeira parte, Zé Castro lesionou-se, obrigando Nelo Vingada a alterar o esquema táctico. O treinador da Académica abdica dos três defesas, passa a jogar em 4x1x2x3, entregando a Gelson, um ponta-de-lança, a missão de apoiar Paulo Adriano no transporte de jogo para a frente.
Bem se pode dizer que, por obrigação, a Académica melhorou substancialmente, livrando-se, quem sabe, de passar por momentos aflitivos e distantes dos objectivos pretendidos. Adormecidos no lance triunfante da Académica, os jogadores da Naval acordaram antes do intervalo, com Cazarine a fazer o que poucos raramente fizeram até esse momento: rematar à baliza de Pedro Roma, que defendeu com dificuldade.
A segunda parte não foi mais do que uma espécie de balança descaída para um dos lados: o que dava acesso à zona da área da Académica. Se bem que, no primeiro minuto da reabertura, tenha esbanjado uma excelente ocasião para fazer o segundo (Paulo Adriano não foi capaz de concluir uma boa abertura de Filipe Teixeira), a Académica lutou com quantas armas tinha para aguentar a vantagem e a Naval atacou, atacou, foi rompendo por aqui e por ali, mas sem os efeitos desejados. É o que dá jogar mais com o coração.

O jogo nas Bancadas:
Os elementos da Mancha Negra estavam em superioridade sobre os elementos tanto da Squadra Verdi como do Colectivo Maravilhas, representado uma boa deslocação dos mesmos. O Colectivo Maravilhas estava em clara inferioridade sobre qualquer uma das claques, mas o seu estilo característico (bombos e outros objectos musicais) fazem-se sempre ouvir embora não cantem por eles! A Squadra apresentou-se mais uma vez muito bem com o seu ritmo muito certo enquanto a Mancha Negra teve picos de som, mas não passava muito disso.

Saída:
Algumas trocas de palavras entre as claques mas nada que se comparasse ao principio de jogo.

Implicações:
Registe-se que já hoje Manuel Cajuda, treinador da Naval, pediu a demissão e esta foi aceite pelos dirigentes do clube da Figueira da Foz.

Video & Sons
Squadra Verdi

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