03 novembro 2005

Grande "Senna".

Os perto de 50 mil espectadores presentes na Luz ontem á noite tiveram a oportunidade de, ao longo dos primeiros 45 minutos da partida, assistir a um autêntico jogo de paciência entre o Villarreal e o Benfica. Ambos os treinadores privilegiaram a circulação de bola em segurança, estando sempre à espera de um erro defensivo contrário.
Diga-se que, nesse aspecto, o Villarreal foi mais forte ao longo de toda a primeira parte, aproveitando bem o facto de possuir nas suas fileiras um dos melhores tecnicistas do mundo: Riquelme. O argentino deu um festival de futebol ao longo do primeiro tempo, mostrando-se à Luz como um autêntico número 10. Isso mesmo ficou provado nos minutos iniciais, mas a atenção defensiva de Nélson – dois cortes em plena pequena-área – valeu ao Benfica não começar a partida a perder. Já no Benfica era notório o facto de Simão não estar a 100 por cento, apesar de todo o esforço dispendido.
Com o passar dos minutos, e durante cerca de meia-hora, as despesas do jogo mais criativo ficaram a cargo de Riquelme e de Karagounis, sendo que o grego teve oportunidade de mostrar dotes ao nível do passe longo e da finta. Ainda assim, o jogo estava demasiadamente equilibrado para que algo de extraordinário acontecesse.
Desde o início da segunda parte que se notou que o Benfica ia pressionar de outra forma a equipa espanhola. Dessa forma, a equipa orientada por Ronald Koeman conseguiu algo fundamental: que Riquelme não tivesse a bola nos pés.
Koeman via o Villarreal recuar e o Benfica pressionar cada vez mais à frente, pelo que optou por tirar os cansados Geovanni e Karagounis, fazendo entrar Mantorras para o apoio a Nuno Gomes e João Pereira de forma a expandir o flanco por onde Nélson galgava terreno. A estratégia era boa e este Benfica recomendava-se, mas a 10 minutos do fim aconteceu o incrível. Senna controlou a bola a 40 metros da baliza e rematou para o golo, tendo Rui Nereu um momento de grande infelicidade. O Benfica ainda tentou tudo e esteve perto do golo, através de Nélson e Petit, mas de nada lhe valeu a boa exibição e toda a garra demonstrada.
Mais uma vez saliente-se a boa presença de publico com os muitos adeptos a puxarem pela equipa quase durante todo o jogo.

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