17 outubro 2005

Crédito....., por onde andas.

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Debaixo do fogo ateado pela instabilidade de resultados e displicência de desempenho nas últimas semanas, exigia-se ao Sporting uma exibição convincente. Uma exibição capaz de calar as vozes da desconfiança, mas, sobretudo, capaz de reconciliar os adeptos com a equipa. Este deveria ser o objectivo primordial do conjunto de Peseiro, para que a tranquilidade se implantasse no seio dos leões e se traduzisse numa vitória concludente.

Mas não foi nada disto que se passou os leões entraram e saíram do seu estádio sem evidenciar um sinal de querer inverter a situação perturbadora em que têm vivido nos últimos tempos, e depois de não terem encontrado soluções para furar a muito consistente teia defensiva da Académica (com Hugo Alcântara a liderar as operações), acabaram por recolher ao balneário com mais uma - "pesadíssima" - derrota, por 0-1, e vaiados por milhares de lenços brancos. Uma derrota que dificilmente o exigente tribunal leonino esquecerá... e muito menos perdoará!

A Académica, que não vencia em Alvalade desde a época de 1964/65, regressou a Coimbra depois de ter perturbado os leões em contra-ataque, alcançando uma vitória merecida e ainda com o "gostinho" de ter conseguido pôr um ponto final na tradição.

Minutos antes da partida, os adeptos leoninos já revelavam a falta de crédito na equipa os assobios tomaram conta de Alvalade quando o capitão Beto foi chamado ao relvado e, pouco depois, uma faixa gigante com a frase "Respeitem e honrem a vossa camisola", empenhada pelo Directivo XXI, abriu as hostes acaloradas de uma noite encarada como um "exame final" para a era Peseiro.

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E o reflexo de toda esta enorme carga psicológica foi bem visível na primeira meia hora um jogo lento, com o Sporting - nervoso - a tentar circular a bola, mas sem conseguir progredir em campo e falhando muitos, mas muitos, passes. A Académica também contribuiu para que o ritmo não subisse, pois não teve a iniciativa de se lançar no ataque, esperando sempre um erro do visitado para tentar a sua sorte lá na frente. Mas revelou coesão defensiva, tapando todos caminhos de Deivid e Liedson na direcção das redes de Pedro Roma.

A "fúria" da massa associativa ia aumentando a cada minuto. A formação de Peseiro continuava lenta, sem encontrar soluções para concretizar. E o "balde de água fria" chegou ao minuto 29, quando Marcel inaugurou o marcador, depois de Custódio perder a bola a meio-campo e de os centrais leoninos não terem conseguido acompanhar a velocidade do avançado visitante. Os assobios invadiram o recinto durante largos minutos e o Directivo XXI içou outra faixa "Aqui há garra! Mostrem a vossa!"

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Mas nem sinal de garra, nem de revolta, nem de vontade de inverter o sinuoso destino que os esperava. O intervalo chegou, os leões descansaram, mas voltaram com a mesma falta de confiança, necessária para vencer em casa. Sempre muito distanciados entre si, não conseguiram "comunicar" no relvado, com a destreza de outrora.
Nem o virtuosismo de João Moutinho, nem a velocidade de Douala criavam os espaços necessários para desestabilizar a defesa visitante. Nem o génio de Wender, que entrou aos 65 minutos, ajudou.

O jogo terminaria pouco depois, da pior maneira, com cenas de pugilato na bancada, entre adeptos do Sporting, obrigando à intervenção da força de intervenção da PSP.
Adeptos que, certamente, não viram sequer a melhor oportunidade de golo da equipa da casa no segundo tempo, porque, nessa altura, a atenção da maioria dos adeptos leoninos estava já não no campo, mas na bancada presidencial e no banco de suplentes, onde Dias da Cunha e José Peseiro eram os destinatários previligiados de toda a ira do leão...

Os lenços brancos ergueram-se!

1 comentário:

Anónimo disse...

foi o peseiro lampiao que levou os lagartos á final da taça uefa!!graças a deus que ele nao nasceu lagarto!!