O Portimonense poderá ter de disputar em campo emprestado os jogos da Liga de Honra da próxima época. Uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça, que em breve transitará em julgado, obriga o clube a devolver aos proprietários o recinto utilizado há mais de 60 anos, e as alternativas são o Municipal de Albufeira e o Estádio Algarve.
A questão arrastava-se nos tribunais desde 1995 e o presidente do Portimonense, João Sintra, considera que o processo “foi mal conduzido, pois em condições normais o clube poderia ter ficado na posse do recinto. Porém, a alegações que não foram feitas em devido tempo juntaram-se recursos mal estruturados.”
Neste quadro, Sintra já deu instruções ao gabinete jurídico do clube para “estudar a possibilidade de processar as pessoas que conduziram o processo, pois os interesses do clube foram claramente descurados, para além de não termos encontrado nas instalações do clube qualquer documentação sobre esta importante matéria.”
A direcção do Portimonense já contactou os donos do estádio, mas, diz Sintra, “recusaram conversar connosco”; o dirigente debate-se “com um problema de extrema gravidade, quando pensava pela primeira vez, em três temporadas, dispor de tranquilidade para preparar a nova campanha
O previsível despejo do estádio veio atrasar a planificação da próxima época. “Não podemos estar a formar uma equipa sem lugar para jogar...”, diz Sintra, que vai expor o assunto aos sócios, em assembleia. “Importa encontrar solução em breve e, até lá, é certa a continuidade do técnico Diamantino Miranda e dos jogadores com contrato. O resto... ver-se-á quando tivermos certezas.” Sintra, punido pela Liga com um ano de suspensão e 10 mil euros de multa, vai recorrer e apresentará na próxima AG da Liga “medidas para mudar e credibilizar o futebol português.”
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